sexta-feira, 9 de julho de 2010

Era uma vez o amor


Amigas, mulheres, companheiras, namoradas, solteiras, divorciadas, casadas, enfim, dedico esse texto a todas vocês: mulheres.

Sabemos que desde cedo já fomos colocadas num papel de vítima, sexo frágil, alguém que algo falta e por conseqüência algo procura. Minhas caras amigas, tenho uma péssima notícia, realmente não temos tudo que gostaríamos de ter, e não, definitivamente não somos tudo que o outro procura. A grande questão é o porquê dessa obsessão em ser para alguém, e pior ser para os homens.

Há algo de muito errado aí. Algum tempo atrás não justificável, porém mais compreensível, poderia até entender uma mulher num papel de objeto que nada fala e tudo concorda, apenas se coloca na vida daquele ser masculino e completo. Talvez as mulheres da época até se perguntassem o porquê de tudo isso, até poderia aparecer uma indagação quanto a essa completude masculina. Será mesmo que esse ser que mal consegue cuidar de si próprio é tão completo assim? É dele que espero proteção e cuidado? Bom, pelo menos ele sustenta a mim e nossos filhos, tudo bem, eu me calo, melhor deixá-lo pensar que sim.

Quando se discute o papel da mulher hoje, muita coisa mudou. A verdade é que a mulher consegue se expressar mais, fazer mais por ela mesma, e se dedicar ao trabalho e suas conquistas. Mas mesmo com todas essas mudanças, ainda assim, é mais comum do que se pensa mulheres independentes e fortes caírem de amores, se sujeitarem as mais diversas formas de humilhação, tudo isso em nome do amor. Sim, o amor, o amor romântico, o amor do príncipe com o cavalo branco, o amor incondicional, enfim, o amor dos contos de fada.

Quer dizer então que todas as historinhas que nos contavam quando crianças nos impulsionaram a acreditar numa ilusão e viver a espera de algo que não existe? Por que tal crueldade? Talvez esteja na hora de mudar os contos de fada. Por que fazer alguém entrar num mundo cor-de-rosa pra depois ter que cair na realidade, e pela forma mais difícil, entre desilusões e decepções. É claro que dessa forma se aprende, e como se aprende, mas por que já não preparar as meninas para o mundo. Não estou negando o amor, e sim prezando o amor real.

Amigas, já chegamos até aqui. O caminho da independência feminina nos mostra que antes de qualquer homem, em qualquer relacionamento está você mesma. Amem intensamente, se apaixonem, vivam por inteiro, sejam sinceras, mas nunca, nunca, nunca mesmo, entreguem seu bem mais valioso a um homem, por favor, não pensem em sexo, estou falando de dignidade. Não é preciso exigir respeito de um homem quando você mesma se respeita e se valoriza. Isso já está implícito. O segredo é simples: amor próprio.

É isso meninas, as coisas não precisam ser tão complicadas. Bom, mas se você já fez papel de palhaça, já levou um bom “pé na bunda”, e já ficou se perguntando o que fez de errado, não entre em pânico. Não se apavore porque com certeza você não é a única, e é muito provável que aconteça outras vezes. O mais importante é o que você faz com isso. Aprenda com os erros, tente não insistir nas pessoas erradas, leve as decepções como experiência. Mas se não conseguir fazer nada disso, seja feliz, faça do seu jeito, não deixe de amar e se entregar. O amor vale a pena, ele só precisa ser melhor interpretado e compreendido. O verdadeiro amor está longe de ser o dos contos de fada, mas ele é muito melhor, porque ele é real e começa pelo amor próprio.

Ame muito! Mas lembre-se: ninguém merece mais seu amor do que você mesma.

2 comentários:

  1. Ali, amei teu texto amiga. Lindo, me fez super bem ler... coisas tão óbvias mas que passamos por cima tão facilmente né!
    Parabéns ;) beeijo

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  2. "O segredo é simples: amor próprio." Isso é uma super verdade. O texto está demais de real. Se as pessoas, sejam homens ou mulheres, não se amarem em primeiro lugar como vão querer o amor de outras pessoas. Concordo com suas palavras amiga, o texto é muito bom, você escreve muito bem. Mil bjocas e bola pra frente porque é errando que se aprende, em todos os sentidos da vida.

    Moline.

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